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A Associação Nacional para a Saúde Mental- AlertaMente fundada em Portugal em Abril de 2018, é uma Organização da Economia Solidária, sem fins lucrativos, apolitica e agente de pressão com capacidade de gerar Debate Público, consciencialização e compreensão do que é Saúde Mental e a necessidade crítica desta em toda a Sociedade. A Associação exerce a atividade de policy-making promovendo o Direito de todos à Prevenção e ao Acesso a Serviços de Saúde Mental e nomeadamente, para que a Saúde Mental passe a ser enquadrada em todas as políticas dos domínios público e privado ao nível nacional e regional.

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OS DESAFIOS NO CONTEXTO ECONÓMICO, SOCIAL E POLÍTICO EO IMPACTO DESTES NA SAÚDE MENTAL

DA POPULAÇÃO ATIVA 

Considerando o cenário presente, é essencial que se identifiquem grupos com maior risco de desenvolver problemas de saúde mental. Entre estes encontram-se os profissionais da linha da frente, como os profissionais de saúde, confrontados regularmente com cargas de trabalho pesadas, decisões de vida ou morte e risco de infeção. A resposta a esta pandemia psicológica deve incluir o suporte psicológico e acompanhamento para as populações de risco. Que recursos estão disponíveis para estes trabalhadores? É imperativo investir-se em recursos que promovam a saúde mental dos trabalhadores da linha da frente, em termos de investigação, prevenção e tratamento. Promover a saúde mental nestes trabalhadores é essencial e tem efeitos clínicos, sociais e políticos. 

 

NOVAS METODOLOGIAS DE ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO 

 

Consideremos as profundas mudanças na ordem do trabalho e as consequências psicológicas que estas forçaram na grande parte da população ativa. Uma importante medida tomada pelos governos em todo o mundo para conter o aumento do contágio por COVID-19 é o encorajamento do trabalho a partir de casa. O que está a ser feito para prevenir o desgaste da saúde mental destes trabalhadores que se encontram já num largo período a trabalhar remotamente? Muitas vezes a desempenhar múltiplas funções quando o espaço físico ou mental não estava preparado para tal. Conseguir manter o trabalho nesta modalidade é uma ótima estratégia para diminuir o desemprego, permitindo a continuação do funcionamento da economia. O número de pessoas em teletrabalho tem vindo a aumentar gradualmente ao longo dos anos, porém a pandemia veio acelerar abruptamente e repentinamente a adoção desta nova modalidade de trabalho. Devido ao carácter emergente desta situação, esta mudança ocorreu sem serem considerados os requisitos de saúde e segurança que garantam o bem-estar físico e mental dos trabalhadores. Estratégias de Gestão de Riscos Psicossociais devem ser reforçadas e reformuladas para acompanhar esta mudança, promovendo ativamente a saúde mental e o bem-estar dos trabalhadores perante tantas novas exigências que lhes são impostas. Medidas devem ser reformuladas e articuladas de modo a abranger todas as situações familiares, sociais e profissionais daí advindas.

 

COMO GERIR E ANTICIPAR RISCOS AO NÍVEL DA SAÚDE MENTAL E MANTER A PRODUTIVIDADE?

 

A transformação das formas de trabalho e o progresso técnico proporcionaram o aparecimento de novas doenças ocupacionais, isto é, perturbações e doenças de ordem psicológica agora observados enquanto causa da profissão. O Burnout é um fenómeno ocupacional resultante de stress crónico no local de trabalho que não está a ser gerido de forma eficaz. Este depende de fatores individuais, mas também se encontra relacionado com as exigências específicas de cada profissão. É fundamental que as organizações identifiquem e avaliem os riscos existentes de modo a adotarem medidas de prevenção. A saúde mental e o bem-estar, são determinantes para a qualidade, produtividade e competitividade das empresas, e tem como finalidade a prevenção dos riscos psicossociais e a proteção da saúde dos colaboradores. É importante que exista uma articulação estreita entre os departamentos de recursos humanos e o provedor de saúde mental ou consultor de gestão de riscos psicossociais- sendo que estes devem ser assegurados por entidades independentes por modo a garantir o anonimato e todas as questões de integridade do colaborador, dissipando também o estigma. A prevenção deve ser uma constante e os serviços de saúde mental prestados adequada e atempadamente aos que dele necessitam. Os locais de trabalho que têm programas que promovem a saúde mental são mais prováveis de reduzir o absentismo, aumentar produtividade e beneficiar dos ganhos económicos associados. Do ponto de vista da felicidade não tem preço. 

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