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Equipa | Alerta-Mente
A nossa Network reúne um conjunto de contribuidores de factos científicos e sociais, opiniões e visões de especialistas com pensamento de ponta sobre Saúde Mental. Cada um deles ajuda-nos a mapear a nossa jornada para que todos, sem exclusão, tenham acesso à Saúde Mental de forma gratuita e de maneira digna.
Portugal: A prevalência da Doença Mental
Uma em cada cinco pessoas que estão a ler este texto sofreu ou sofre de alguma perturbação mental, no entanto, quase de certo, se você for o quinto leitor só você é que sabe e nunca partilhou com ninguém.
Portugal apresenta dos mais altos valores do mundo de prevalência de perturbações mentais. Somos o país com maior consumo de ansiolíticos da Europa.
A Alerta-Mente contactou mais de 1000 empresas, falou com departamentos de Recursos Humanos, contrariando os dados estatísticos oficiais, nenhuma das empresas contactadas tem registo de baixa por doenças do foro psiquiátrico ou perturbações mentais. Apesar, das doenças mentais serem aquelas que mais incapacitam os portugueses para o trabalho, tendo mais impacto na economia do que qualquer outra doença. Algo está muito mal.
Perante tais números e tão grave situação quase não há Debate Nacional nem tão pouco resposta clinica/medica, infraestruturas suficientes para o efeito, nem tão pouco resposta da sociedade ou política. É no mínimo tabu sofrer de alguma perturbação mental temporária ou permanente - um estigma enraizado e mais profundo por falta de resposta e apoio, muitas fezes por preferirmos ignorar que existe.
O primeiro estudo Epidemiológico Nacional de Saúde Mental, realizado no âmbito da World Mental Health Survey Initiative, demonstrou que temos em Portugal uma das mais elevadas prevalências de doenças mentais da Europa, uma percentagem importante das pessoas com doenças mentais graves permanecem sem acesso a cuidados de saúde mental, e muitos dos que tem acesso a cuidados de saúde mental continuam a não beneficiar do modelos de intervenção (programas de tratamento e de reabilitação psicossocial), hoje considerados essências.
Muitos destes doentes, quando a família já sobrecarregada psicológica, económica e socialmente, acabam em lares sem o estimulo apropriado e muitas vezes sem a dignidade necessária ao ser humano. Possivelmente e quase sempre, a família essa instituição que acarreta as despesas e consequências a todos os níveis e a negligência de um sistema social sem resposta, sofre agora outra perturbação mental entre os restantes membros originaria de tal situação e mais declínio económico e social vem a caminho, tudo entra em espiral. Temos uma sociedade doente.
Estima-se que 1 em cada 5 portugueses já terá sofrido de uma doença psiquiátrica e que cerca de 50% da população tenha tido uma perturbação mental. A Alerta-Mente quer que isto mude, rápido.
REGISTOS NOS CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS
PERTURBAÇÕES DE ANSIEDADE
(variação entre 2011-2016)
PERTURBAÇÕES DEPRESSIVAS
(variação entre 2011-2016)
DEMÊNCIA
(variação entre 2011-2016)
CONSUMOS FARMACOLOGICOS TERAPEUTICOS
2016: 118M 2017: 125M
2016: 15M 2017: 30M
2016: 7.7EUR 2017: 4.2EUR
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PERTURBAÇÕES DE ANSIEDADE
I JORNADAS DA SAÚDE MENTAL DA ÁREA METROPOLITANA DE LISBOA
As Primeiras Jornadas da Saúde Mental da Área Metropolitana de Lisboa têm data marcada para o dia 22 de Novembro, com inicio às 9h, no Auditório da Câmara Municipal do Seixal, Almoço e Sessão de Encerramento na Fábrica da Mundet. Esta é uma iniciativa co-organizada pela Câmara Municipal do Seixal e a Associação Nacional para a Saúde Mental. A conferência será dinâmica e pretende a participação activa do público em geral, contará com figuras de renome de vários sectores, líderes empresariais, médicos, políticos, opinion makers, Academia, entre outros. A conferência englobará cinco workshops com temas inovadores. Registe-se já- entrada livre após registo.
JUNTE-SE AO MOVIMENTO PARA A SAÚDE MENTAL E BEM-ESTAR
MOVIMENTO PARA A SAÚDE E BEM-ESTAR
Movimento Cívico que promove a Saúde Mental e o Bem-Estar de quem sofre de perturbações mentais temporárias ou permanentes e suas famílias. Contemplando os profissionais de saúde, as suas condições de trabalho, frustração e o seu estado mental perante tal carga. Os cuidadores informais e a sua falta de reconhecimento, exaustão e a capacidade financeira exigida. Entre tantas outras pessoas que por razões diversas precisam de expor e falar e o sistema não oferece esse canal. O canal é este, aqui e agora. Um grupo que se faça ouvir em todas as instâncias necessárias para garantir direitos, prevenir perturbações mentais, desmistificar e acabar com o estigma e tabu, um grupo que pretende criar as condições politicas e sociais para atingirmos o bem-estar para todos. Vamos mudar a conversa?
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